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SÓ DE SACANAGEM!

          Estreiando o blog, nessa nova etapa, aqui estão: 
          > Algumas letras; Alguma canção…
          > Mais do que algumas letras; mais do que alguma canção…

         Aqui estão: Ana Carolina, seu violão, sua voz e a arte; e também: Elisa Lucinda e sua expressão! Só de Sacanagem! 
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Só De Sacanagem…
Elisa Lucinda (Texto) – Ana Carolina (Voz)

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro,
do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres
que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro
viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo
que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu
pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”,
“Devolva o lápis do coleguinha”, Esse apontador não é seu, minha filhinha”.

Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha ouvido falar e sobre a
qual minha pobre lógica ainda insiste:
esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.

Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!

Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba”
e eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez.
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.

Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto,
desde o primeiro homem que veio de Portugal”.

Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!

Sei que não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!

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          As coisas boas devem ser mostradas. E essa “coisa” aqui em cima, deve ser “remostrada novamente”. Onde ‘malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro’, entopem a boa vontade e a ignorância suposta da humanidade. Onde o nosso dinheiro, que são conquistados sofridamente, duramente, são apenas desistências. Onde nem todos dizem: “Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? IMORTAL!”; e consistem em abraçar o negativo, com ‘não adianta’; ‘é inútil’; ‘Deixa de ser boba’; e outras sentinelas retrucantes.
          Onde a humanidade acaba de ganhar um cão condutor, um labrador pode ser; uma vareta negra, ou de outra cor. Quem não pode ver, não pode ver! E mais um óculos escuro. Ou quem sabe, ou quem sabe…
          Abraçar esta ideia? SIM! Esperanças imortais versus corrupção? SIM! Versus nem todo mundo é ladrão? SIM! É… Nem todo mundo é ladrão! Pois estes “não ladrões” admitem que… E repitem sem se cansar…

não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!

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De Christian Martins

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